sábado, 25 de junho de 2011

Não queremos ser humilhados

Crônica de Margarete Solange

Com certeza, Jonas não é um dos nossos personagens bíblicos favoritos: amuado, desobediente, não é um bom exemplo. Mas a sua história serve de grande lição para nós. Se não o admiramos, não devemos nos comportar como ele. Mas, infelizmente, comportamo-nos e nem percebemos que o fazemos. Levando o personagem Jonas para a o cenário da mulher Cananeia, o que teríamos? Alguém amuado como Jonas, no lugar da mulher Cananeia, certamente se aborreceria pelo fato de está clamando aflito por socorro, e o Mestre simplesmente não lhe dava atenção. Dizendo de uma maneira mais popular: Jesus estava fazendo de conta que não estava ouvindo. Além disso, alguém cismado teria percebido o cochichado do discípulo dizendo para dispensá-lo. Então, se ao invés de ser como a mulher Cananeia, o crente fosse como Jonas, sem dúvida facilmente desistiria, iria embora todo ressentido... Dizendo algo do tipo: “Nunca pensei que até Jesus seria capaz de fazer pouco caso de mim”. E, mesmo que suportasse essa primeira afronta, será que suportaria ser comparado a um cachorrinho? Acredito que não. Então, essa mágoa ficaria roendo esse crente por dentro e, quando alguém falasse bem de Jesus, ele imediatamente comentaria sua decepção. Absurdo? Não! Fazemos isso, sem sentir que o fazemos. Quando nos dirigimos a alguém em momentos de aflição e esse alguém, por algum motivo, parece não fazer caso de nossa questão, magoamo-nos profundamente. Além disso, quando essa pessoa percebe que nos desconsiderou e quer voltar atrás, tentando ajeitar a situação, nem sempre permitimos. Dizemos algo como: “Agora sou eu quem não quero mais saber”. A verdade é que não queremos ser humilhados. Lembramos nessas horas do exemplo da mulher Cananeia? Insistimos em falar com alguém que parece indiferente a nossa necessidade, considerando a possibilidade de Jesus estar provando a nossa fé? Nem sempre. Porque a nossa fé é pequena e nossa sensibilidade nos faz amuados como Jonas. 



Fonte 
Margarete Solange, 
O crente não escolhe, 
é um escolhido.
Editora Queima Bucha, 
2011


3 comentários:

  1. Linda crônica.Já passei por coisas desse tipo,lendo essa crônica vejo que ñ devo fazer isso,ñ devo ficar amuado como Jonas e sim pedir a Deus p/ aumentar a minha fé!

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  2. É uma crônica que passa uma verdade que nem nos damos conta, nos amuamos mesmo com tudo, sem dá conta de que o precisamos mesmo, é de mais fé.

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  3. A crônica ficou massa. Na verdade acho que as vezes temos em nós um pouco de Jonas e um pouco da mulher cananeia. muitas vezes queremos fugir noutra nos sentimos humilhados, e outras vezes estamos cheio de fé. parece que tudo vai cair mas a gente fica inabalado.

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